Uma Reflexão sobre o Papel de Maria no Plano de Salvação

 

Introdução do Monólogo

Boa noite a todos, amigos e buscadores da verdade! Hoje, eu, inspirado pela sagacidade de Santo Agostinho, mas com um toque de humor para iluminar os ânimos, vou ousar abordar um tema fascinante, profundo e, para muitos, confuso: Maria é mãe de Deus? Ela não tem mancha de pecado? Foi assunta ao céu? E, afinal, ela intercede por nós?

Mas, antes de começarmos, um aviso importante: se você estiver esperando respostas curtas e simples, recomendo o Google. Se, no entanto, você busca reflexões inteligentes, espirituais e, claro, engraçadas o suficiente para fazer até Santo Agostinho dar um sorriso lá no céu, então prepare-se. Vamos embarcar juntos nessa jornada teológica – com pitadas de boa comédia – para explorar o mistério e a beleza da Mãe de Deus.


Sumário do Monólogo

1. Maria é Mãe de Deus?

  • "Como é que uma criatura pode ser mãe do Criador? Não é um bug na lógica celestial? Vamos destrinchar isso!"

2. Maria não tem mancha de pecado?

  • "Zero pecados? Nem uma mentirinha ou um pensamento meio torto? Vamos entender a lógica por trás desse conceito extraordinário."

3. Maria foi assunta ao céu?

  • "Então, enquanto nós temos que pegar escadas ou, na melhor das hipóteses, elevadores para subir, Maria foi direto ao céu? Que tipo de plano divino é esse?"

4. Maria intercede por nós?

  • "Ela está lá no céu, ouvindo milhões de pedidos ao mesmo tempo? Como funciona esse serviço celestial de atendimento ao cliente?"

A cada etapa, mergulharemos no aspecto teológico da questão, mas com um olhar humano – e bem-humorado – para tornar o assunto acessível e agradável. Afinal, nada como uma boa gargalhada para aprender sobre os mistérios divinos, não é mesmo?



Capítulo 1: Maria é Mãe de Deus?

Ah, o paradoxo que pode deixar até os filósofos de cabelo em pé: Maria, uma criatura finita, limitada, humana, ser chamada de Theotokos, "Mãe de Deus". Parece uma falha de lógica divina, não? Afinal, como o Eterno, o Todo-Poderoso, o Criador de tudo, pode ter uma mãe? Isso não seria como o autor de um livro chamar um dos personagens que ele criou de “pai”? Bem, calma aí, não vamos perder o fio da graça – e da graça divina também.


1.1. Desconstruindo a Confusão

Para começar, precisamos estabelecer uma coisa: Maria não é mãe de Deus no sentido de "fabricar" a divindade. Ela não está no departamento de "criação de Trindades". Deus, como Deus, sempre existiu – não teve começo, não terá fim. Mas... e esse mas é o ponto crucial... Jesus, o Filho de Deus, entrou no tempo e assumiu uma natureza humana. E foi Maria quem forneceu a parte “humana” da equação.

Imagine Deus dizendo:
“Maria, você pode me emprestar um útero por nove meses? Preciso entrar no mundo dos homens para salvá-los, e estou fazendo isso de forma humilde.”
E Maria responde:
“Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas 1:38).

Pronto. Ela aceitou. Não é um bug na lógica celestial, é um milagre de humildade. Deus, que não precisa de ninguém, escolheu depender de uma mulher para entrar na história. Como Santo Agostinho bem resumiu: "O Criador do homem nasceu de uma mulher, para que através de Maria Ele pudesse refazer o que Eva havia desfeito."


1.2. O Título "Mãe de Deus"

O título “Mãe de Deus” não significa que Maria seja maior que Deus. Não, isso seria como dizer que o vaso é mais importante que o vinho que ele carrega. Ela é Theotokos, a “Portadora de Deus”. O que Maria trouxe ao mundo não foi apenas um homem qualquer, mas o próprio Filho de Deus em forma humana. Se você acredita que Jesus é Deus – o Verbo encarnado – então faz todo o sentido chamá-la de Mãe de Deus.

Para os céticos:
Se você aceita que sua mãe é “mãe de você inteiro” – tanto do corpo quanto da mente – então por que não aceitar que Maria é mãe de Jesus inteiro, tanto homem quanto Deus? Não é um truque lógico, é apenas coerência.


1.3. A Igreja e o Título

No Concílio de Éfeso, em 431, os bispos confirmaram isso:

  • Se Jesus é Deus, e Maria é a mãe de Jesus, então Maria é mãe de Deus.
    Não porque ela criou a divindade, mas porque deu à luz aquele que é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Imagine um diálogo cômico na época:

  • Bispo A: "Então, podemos chamar Maria de Mãe de Deus?"
  • Bispo B: "Claro. Se não chamarmos, parece que estamos dizendo que Jesus não é Deus."
  • Bispo A: "Então está decidido. E mais uma coisa: coloquem um café para celebrar."

1.4. A Lógica do Amor

Por fim, o que realmente move essa ideia é o amor. Deus escolheu vir ao mundo da forma mais humana possível: nascendo de uma mãe. Ele não apareceu do nada, como um raio de luz ou uma nuvem flutuante. Não, Ele quis ser humano por inteiro. E, para isso, precisou de Maria. Deus, o autor do universo, entrou na sua própria história da maneira mais humilde possível – carregado nos braços de uma jovem mulher de Nazaré.

Se isso não é uma prova de amor e humildade, eu não sei o que é.


1.5. Conclusão

Então, é um bug na lógica celestial? Não, é um mistério que aponta para a grandeza de Deus. Ele não escolheu Maria porque precisava dela, mas porque quis. Ele não a chamou de Mãe de Deus para exaltá-la além d'Ele, mas para nos mostrar como o humano e o divino podem se encontrar no amor.

E assim, Maria é chamada de Mãe de Deus não por sua própria força, mas porque Deus quis entrar na história dela. Então, da próxima vez que você pensar nesse título, talvez possa dizer:
“Ah, agora faz sentido! Deus tem mãe. E ela é fantástica!”




Capítulo 2: Maria Não Tem Mancha de Pecado?

Ah, aqui estamos diante de outro mistério que faz o cérebro de muitos dar um nó: Maria, uma mulher humana como nós, ser proclamada como livre de todo pecado, até mesmo o original. Como assim? Nunca uma mentirinha, nem uma irritação no trânsito da Galileia, nem um pensamento mais egoísta? Isso parece impossível! Mas vamos destrinchar isso com inteligência – e, claro, um pouco de humor.


2.1. O Que é o Pecado Original, Afinal?

Para entender por que a Igreja ensina que Maria não tem mancha de pecado, precisamos entender primeiro o que é pecado. O pecado original, herdado de Adão e Eva, não é algo que você faz, mas uma condição em que todos nascemos. É como uma dívida coletiva que nenhum de nós pediu, mas que todos recebemos. É como chegar atrasado a uma festa e descobrir que alguém já comeu o bolo inteiro – e você é culpado porque estava na lista de convidados.


2.2. Maria: A Exceção à Regra

Maria, no entanto, é a grande exceção a essa regra universal. A Igreja ensina que ela foi preservada do pecado original desde sua concepção. É o que chamamos de Imaculada Conceição.

Mas por quê? Isso não seria trapacear?
Não. Pense assim: Maria foi escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus, o Salvador. Como Santo Agostinho nos ajuda a entender, o recipiente que carrega o vinho mais puro também precisa ser limpo. Deus, sendo todo-poderoso, já preparou Maria desde o início para essa missão especial.

Então, ela não precisava de salvação? Claro que precisava! Mas ela foi salva de forma preventiva. É como alguém que cai em um buraco e precisa ser resgatado. Maria foi salva antes de cair. A graça que Jesus nos dá pela cruz foi aplicada nela de maneira única, antecipadamente.


2.3. "Zero Pecados? Isso Parece Injusto!"

Muitos de nós pensamos: "Mas como é possível viver sem cometer nenhum pecado?" Imagine: nenhuma fofoca, nenhuma palavra ríspida, nem um pensamento torto. Isso soa inatingível para nós, meros mortais.

Porém, em Maria, não se trata de uma impossibilidade, mas de uma graça especial. Deus a preservou, sim, mas isso não significa que sua vida foi fácil. Maria ainda teve que enfrentar dores, desafios e, claro, a maior missão de todas: criar o Filho de Deus. Ela permaneceu sem pecado não porque fosse "à prova de falhas", mas porque estava cheia da graça divina.

Se você ainda acha injusto, pense assim:

  • Deus não deu a Maria um “superpoder”, mas uma missão. E essa missão exigia uma pureza completa.

2.4. A Bíblia Fala Sobre Isso?

A doutrina da Imaculada Conceição não aparece explicitamente na Bíblia, mas tem suas raízes lá. Quando o anjo Gabriel aparece a Maria, ele a saúda com:

  • “Ave, cheia de graça!” (Lucas 1:28).

Essa expressão, em grego (kecharitomene), indica que Maria já estava completamente envolta na graça de Deus, sem espaço para pecado. Além disso, em Gênesis 3:15, Deus promete que uma mulher e sua descendência esmagariam a cabeça da serpente. Essa mulher é interpretada como Maria, em oposição à Eva.

Assim, enquanto Eva, a "mãe de todos os viventes", trouxe o pecado ao mundo, Maria trouxe ao mundo a salvação – literalmente.


2.5. Por Que Isso é Importante?

Mas você pode se perguntar: "E daí? Isso muda minha vida de alguma forma?"

Sim! A Imaculada Conceição nos ensina três coisas fundamentais:

  1. Deus sempre age com um plano: Ele preparou Maria desde o início para ser um reflexo perfeito do amor e da santidade que Ele deseja para todos nós.
  2. A graça de Deus transforma: Se Maria, uma humana como nós, pode ser cheia de graça, isso significa que também podemos buscar essa plenitude.
  3. Maria é nossa aliada: Ela entende nossas lutas e fraquezas, mesmo não tendo pecado. E sua pureza é um testemunho de como Deus deseja nos purificar e nos levar à santidade.

2.6. Um Exemplo Humano e Divino

Imagine Maria na sua rotina: cuidando de Jesus, gerenciando as tarefas domésticas, talvez até ouvindo fofocas da vizinhança. No entanto, em tudo isso, ela respondeu com paciência, amor e pureza. Não porque era fácil, mas porque estava totalmente unida a Deus.

Para nós, isso pode parecer inalcançável. Mas lembre-se: Maria não é apenas um exemplo distante; ela é um sinal de esperança. O mesmo Deus que a purificou também trabalha em nós.


2.7. Conclusão

Então, Maria não tem mancha de pecado? Sim, ela é a Imaculada. E isso não a torna menos humana; pelo contrário, torna-a mais próxima de como Deus nos criou para ser. É como Santo Agostinho diria: "Deus se inclinou para a humanidade, e em Maria vemos a obra-prima dessa inclinação."

E, afinal, se você tivesse a chance de escolher sua própria mãe, não escolheria alguém extraordinário? Foi exatamente isso que Deus fez.




Capítulo 3: Maria Foi Assunta ao Céu?

Ah, a Assunção de Maria. Enquanto nós mortais pensamos em escadas rolantes ou elevadores para alcançar o alto, Maria foi diretamente ao céu – corpo e alma. Parece uma ideia tão sublime quanto improvável. Mas o que exatamente significa dizer que Maria foi "assunta ao céu"? E por que Deus a levou dessa forma especial? Vamos mergulhar nisso com o equilíbrio perfeito de inteligência teológica e um toque de humor celestial.


3.1. O Que é a Assunção de Maria?

A Assunção é a doutrina que ensina que Maria, no final de sua vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma. Isso significa que Maria não experimentou a corrupção do corpo que todos nós enfrentamos após a morte.

Imagine: enquanto nós rezamos para que nossas almas subam e nossos corpos fiquem na terra (e eventualmente virem pó), Maria foi inteira – nada de deixar partes para trás. Ela recebeu um “upgrade direto para o céu”.


3.2. Por Que Maria Foi Assunta ao Céu?

A pergunta lógica é: por que ela, e não todos nós? Isso não é um pouco de favoritismo divino? Bem, vejamos:

  1. Maria é especial: Como mãe de Jesus, que é Deus, seu corpo foi literalmente o “tabernáculo” onde Deus habitou por nove meses. Assim, o corpo dela tem um papel único e sagrado na história da salvação.

  2. Imaculada Conceição: Como vimos no capítulo anterior, Maria foi concebida sem pecado. O pecado é o que causa a corrupção do corpo após a morte. Sem pecado, não havia motivo para que o corpo de Maria experimentasse a decomposição.

  3. Plenitude da Redenção: A Assunção é uma consequência direta do que Cristo conquistou. Ele venceu a morte e abriu as portas do céu, e Maria foi a primeira a experimentar essa plenitude. Pense nisso como uma prévia do que Deus tem reservado para todos os que seguem fielmente a Ele.


3.3. Mas Está na Bíblia?

Agora vem a dúvida de muitos: "Onde está escrito isso na Bíblia?" Bem, a Assunção de Maria não está explicitamente registrada nas Escrituras. Mas antes de você dizer "não tem prova", lembre-se: nem tudo está descrito de forma literal na Bíblia (por exemplo, a palavra “Trindade” também não aparece, mas é uma doutrina central do cristianismo).

Existem, no entanto, referências que apontam para essa crença:

  • Apocalipse 12:1: “Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas.” Essa imagem tem sido interpretada pela tradição como Maria, já glorificada no céu.
  • Salmo 16:10: “Pois não deixarás a minha alma no Sheol, nem permitirás que o teu santo veja corrupção.” Este versículo, aplicado a Jesus, também pode ser refletido em Maria como a mais próxima d'Ele em santidade.

3.4. A Tradição da Igreja

A doutrina da Assunção foi formalmente definida como dogma pelo Papa Pio XII em 1950. Ele declarou que Maria foi elevada ao céu em corpo e alma – não como uma invenção nova, mas como uma crença que já estava presente na Tradição da Igreja desde os primeiros séculos.

Os cristãos dos primeiros séculos acreditavam que, dado o papel especial de Maria, seu corpo não poderia permanecer na terra como o de qualquer outra pessoa. É por isso que, ao contrário de outros santos, nunca houve uma relíquia do corpo de Maria – porque, bem, não sobrou nada para guardar.


3.5. O Que a Assunção Significa Para Nós?

Agora vem a grande questão: “E daí? Por que isso importa para minha vida?”

A Assunção de Maria não é apenas sobre ela; é sobre nós também. Ela é um sinal da esperança que temos em Cristo. Assim como Maria foi elevada ao céu, também somos chamados a compartilhar essa glória um dia.

Pense na Assunção como o "primeiro episódio" do que Deus fará com todos os fiéis: não apenas salvar nossas almas, mas restaurar e glorificar nossos corpos. Ela é um lembrete de que o céu não é só para a alma, mas para a totalidade de quem somos.


3.6. Um Toque de Humor Divino

Agora, imagine a cena:

  • Anjos ao redor, ajustando um "tapete celestial". Um pergunta ao outro:
    “Por que ela está subindo assim, corpo e alma? Isso não é contra o protocolo?”
    E o outro responde:
    “Relaxa, cara. Foi ordem do Chefe. Ela é a mãe d’Ele!”

E, claro, quando Maria chega ao céu, São Pedro deve ter brincado:
“Bem-vinda, Maria. Você é a única pessoa que não precisa preencher nenhum formulário para entrar.”


3.7. Conclusão

Então, sim, enquanto nós pensamos em escadas, Maria foi direto ao céu. Não por algum privilégio egoísta, mas porque sua vida inteira foi um testemunho de humildade, amor e total obediência a Deus. Ela é a prova viva – ou melhor, glorificada – de que a vitória de Cristo sobre a morte é real e que essa vitória nos espera também.

E, no final, quando olhamos para Maria Assunta ao céu, podemos lembrar que Deus não esquece nem abandona aqueles que O amam. Maria é um sinal de que nosso destino final não é a corrupção, mas a glória. Então, a próxima vez que você ouvir falar da Assunção, diga:
“Se Maria chegou lá, eu também posso. Agora é só seguir o mesmo caminho dela: fé, amor e um coração disposto a dizer ‘Eis-me aqui’.”



Capítulo 4: Maria Intercede por Nós?

Ah, aqui está uma questão que muitos cristãos levantam: Maria está lá no céu, ouvindo nossos pedidos? Como ela consegue lidar com milhões de vozes pedindo ajuda ao mesmo tempo? É como se ela fosse gerente de um serviço celestial de atendimento ao cliente, mas sem precisar colocar ninguém na fila de espera! Vamos explorar essa questão com inteligência e humor, entendendo o papel de Maria como intercessora.


4.1. O Que Significa "Interceder"?

Antes de mais nada, vamos definir o termo. Interceder significa, literalmente, "fazer um pedido em favor de alguém". Pense nisso como quando você pede a um amigo que fale com o chefe por você porque acha que ele tem mais influência. Maria, como mãe de Jesus, é essa amiga especial que pode pedir diretamente a Ele em nosso nome.

Mas calma, isso não significa que Deus não nos escuta diretamente. Ele nos escuta, claro! Só que pedir a intercessão de Maria é como ter um reforço extra no nosso pedido, alguém que entende nossas necessidades e as apresenta de forma mais... bem, materna.


4.2. A Base Bíblica para a Intercessão de Maria

“Mas isso está na Bíblia?” Claro que sim! Talvez não da forma que alguns imaginam, mas o conceito de intercessão é bem fundamentado:

  • As Bodas de Caná (João 2:1-12): Este é o clássico exemplo do papel de Maria como intercessora. Quando o vinho acaba, Maria não resolve o problema diretamente, mas vai até Jesus e diz: “Eles não têm mais vinho.” Mesmo quando Jesus parece hesitar, Maria confia: “Fazei tudo o que ele vos disser.” Resultado? Milagre!

    • Aqui vemos que Maria não "manda" em Jesus, mas apresenta as necessidades dos outros a Ele, e Ele responde com amor.
  • Oração uns pelos outros: A Bíblia constantemente nos incentiva a interceder uns pelos outros (1 Timóteo 2:1, Tiago 5:16). Se nós, imperfeitos como somos, podemos interceder por nossos amigos, quanto mais Maria, que está em plena comunhão com Deus.

  • A Mulher em Apocalipse 12: Maria é frequentemente identificada como a mulher revestida de sol no Apocalipse, uma figura que está no céu e desempenha um papel ativo no plano de salvação.


4.3. Como Maria Ouve Tantas Orações?

Agora vem a dúvida logística: "Como Maria consegue ouvir todo mundo ao mesmo tempo?"

A resposta é simples: Maria não age por si mesma. Tudo o que ela faz é por meio da graça de Deus. No céu, ela está unida a Deus de forma plena, fora das limitações de tempo e espaço. Enquanto nós aqui na Terra lidamos com fuso horário e bateria fraca no celular, Maria está na eternidade, onde essas preocupações não existem.

Se Deus pode ouvir bilhões de pessoas ao mesmo tempo, Ele pode, com certeza, permitir que Maria participe desse amor e escute nossas súplicas.


4.4. Por Que Pedir a Intercessão de Maria?

Você pode se perguntar: “Por que não vou diretamente a Deus?” E a resposta é: claro que você pode! Não só pode, como deve. Mas a intercessão de Maria tem um significado especial por algumas razões:

  1. Ela é Mãe de Jesus: Quem melhor para apresentar nossas súplicas a Ele? No coração de Jesus, Maria ocupa um lugar único. É como pedir algo a um Rei por meio da Rainha Mãe.

  2. Ela nos entende: Maria viveu como nós. Ela conhece as alegrias e desafios da vida humana. Quando pedimos sua intercessão, falamos com alguém que sabe o que é sofrer, amar e confiar em Deus em meio às dificuldades.

  3. Ela é nossa mãe também: Jesus, na cruz, deu Maria como mãe a todos nós (João 19:26-27). Como toda boa mãe, ela quer o nosso bem e intercede constantemente por nós.


4.5. Exemplo Prático: O Poder da Intercessão

Imagine uma criança pequena que quer um brinquedo novo. Ela pede diretamente ao pai, mas o pai hesita porque acha que é caro. Então a criança recorre à mãe, e a mãe, com amor e jeito, conversa com o pai. Em pouco tempo, o pai reconsidera.

A intercessão de Maria funciona de maneira parecida. Não porque Deus precise ser "convencido", mas porque o amor de Maria reflete e reforça o amor que Deus já tem por nós.


4.6. A Resposta Católica à Objeção "Só Cristo é Mediador"

Alguns podem dizer: "Mas a Bíblia diz que só há um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo!" (1 Timóteo 2:5). E isso é verdade! Cristo é o único mediador entre Deus e a humanidade. Mas isso não exclui Maria ou os santos de intercederem por nós, porque toda intercessão deles depende e está subordinada a Cristo.

Pense nisso assim: se você pede a um amigo que reze por você, isso não diminui o papel de Jesus como mediador. Maria faz o mesmo, só que com uma ligação direta ao Filho dela.


4.7. Conclusão

Então, Maria intercede por nós? Sim! E isso não é uma questão de rivalizar com Jesus, mas de cooperar com Ele. Pedir a intercessão de Maria é como usar todas as ferramentas que Deus nos deu para fortalecer nossa oração.

E, convenhamos, se você tivesse a chance de pedir ajuda à mãe de Jesus, que tem acesso direto a Ele, por que não pediria? Afinal, em um “serviço celestial de atendimento ao cliente”, quem melhor para encaminhar nossos pedidos do que alguém que conhece pessoalmente o CEO?

Portanto, não hesite em invocar Maria. Não como substituta de Deus, mas como aquela que, com amor materno, nos ajuda a nos aproximar ainda mais d’Ele. E lembre-se: com Maria intercedendo, não há fila de espera – e os resultados, bem, são divinamente garantidos!



Conclusão: O Papel de Maria na Fé Cristã

Depois dessa jornada reflexiva e, claro, bem-humorada, o que podemos concluir sobre Maria? Ela é, sem dúvida, uma figura extraordinária no plano de salvação, com uma missão que vai além do que muitas vezes conseguimos compreender. Vamos revisitar os principais pontos e amarrar tudo com uma mensagem final de esperança e inspiração.


Maria: Mãe de Deus e Nossa Mãe

Maria é a Mãe de Deus porque deu à luz a Jesus, que é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Essa maternidade não é apenas biológica, mas espiritual, o que a coloca como a mãe de todos os cristãos. Ao aceitar livremente a missão de ser a mãe do Salvador, Maria nos ensina sobre obediência e confiança absoluta em Deus.

Se você acha que isso é um "bug" na lógica celestial, lembre-se: o mistério de Deus sempre vai além da nossa razão, mas nunca contradiz a lógica divina, que é movida pelo amor.


A Imaculada Conceição: Um Coração Sem Mancha

Maria foi preservada do pecado desde o início por um motivo claro: preparar o lugar perfeito para que Deus pudesse habitar. Isso não a torna distante de nós, mas um modelo de vida. Sua pureza reflete aquilo a que todos somos chamados pela graça de Deus: viver em comunhão com Ele.

Se você ainda se pergunta como alguém pode viver sem "nem um pecadinho", pense nela como a obra-prima da graça divina. É uma demonstração do que Deus pode fazer em alguém plenamente disponível a Ele.


Assunta ao Céu: O Destino Glorioso de Quem Ama a Deus

A Assunção de Maria nos mostra o que Deus quer para todos nós: não só a salvação da alma, mas a glorificação do corpo. Maria, elevada ao céu, é o exemplo vivo de que o céu é um destino para toda a nossa existência, corpo e alma. Ela é como a primeira a entrar no "palco final", mostrando que o espetáculo que Deus planejou para nós vale a pena.


Intercessora: Uma Mãe Que Ouve e Age

Maria é nossa mãe e intercede por nós não porque Deus precise de intermediários, mas porque Ele quis que a família celestial fosse parte do plano. Pedir a Maria é como recorrer a alguém que conhece o coração de Deus tão intimamente que pode nos ajudar a alinhar nossas intenções com a vontade divina.

Se ela consegue ouvir todos ao mesmo tempo? Claro que sim! O céu não está sujeito às nossas limitações. Maria, plenamente unida a Deus, participa da obra de amor que é cuidar de seus filhos espirituais.


Maria: Sinal de Esperança e Modelo de Vida

Mais do que uma figura distante ou apenas uma santa entre tantas, Maria é um sinal de esperança para todos nós. Sua vida é um lembrete de que Deus age em quem confia plenamente n’Ele. Sua história nos convida a sermos mais corajosos, mais fiéis e mais dispostos a dizer, como ela disse: “Faça-se em mim segundo a tua palavra.”


Um Convite Final

Maria nos aponta para Jesus. Cada título que damos a ela, cada dogma que celebramos sobre sua vida, é uma expressão do que Deus realizou nela por amor. Portanto, conhecer Maria é conhecer mais profundamente o amor de Deus por nós.

Então, da próxima vez que você tiver uma dúvida sobre ela ou ouvir alguém questionando, lembre-se: Maria não é uma barreira entre nós e Deus, mas uma ponte que nos leva a Ele. E como toda boa mãe, ela está sempre pronta para ajudar – sem filas, sem espera, e com muito amor.

Como dissemos no início, Maria pode parecer uma figura "impressionante demais", mas sua missão é simples: nos lembrar de que o céu está ao nosso alcance, se também vivermos com fé, humildade e amor.

E quem sabe, quando finalmente nos encontrarmos com ela lá no céu, ela nos receba com aquele sorriso materno e diga:
"Eu sabia que você ia chegar aqui. Agora vamos louvar juntos o meu Filho."


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