Revelação ou Ficção? Explorando a (Falta de) Lógica do Livro de Mórmon
Introdução:
Imaginemos Santo Tomás de Aquino, o grande Doutor Angélico, em uma sala de aula com alunos ávidos por aprender. Nesta aula, ele abordará o mormonismo — uma vertente religiosa que surgiu séculos após o estabelecimento da Igreja Católica e que apresenta ideias, histórias e práticas que despertam curiosidade e questionamentos. Com seu humor refinado, lógica afiada e clareza inigualável, Tomás trará à luz as origens, crenças e incoerências dessa vertente, sempre à luz da razão e da fé cristã.
Sumário da Aula:
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Abertura da Aula: “A arte do questionar”
- Breve introdução sobre a importância de investigar ideias com honestidade, lógica e respeito.
- Tomás explica por que é necessário conhecer aquilo que contrasta com a Verdade Católica.
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Quem são os Mórmons? Origens Históricas
- O surgimento do mormonismo nos Estados Unidos no século XIX.
- Joseph Smith: o fundador, sua vida e suas “revelações”.
- A tradução das supostas placas de ouro e o Livro de Mórmon.
- Contexto histórico-social: como o ambiente do século XIX influenciou o mormonismo.
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Crenças Fundamentais dos Mórmons
- A ideia de uma revelação contínua e novas escrituras além da Bíblia.
- O Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios, e a Pérola de Grande Valor.
- A teologia mórmon: a pluralidade de deuses, a “progressão eterna” e a visão sobre Jesus Cristo.
- Explicação sobre o Livro de Morôni e as doutrinas associadas a ele.
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Questionamentos Inteligentes: Debate com os Alunos
- Pergunta de Rafael, o teólogo perspicaz: “Se o mormonismo afirma ser o ‘restabelecimento da Igreja verdadeira’, o que isso implica sobre a promessa de Cristo de que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela (Mt 16,18)?”
- Questionamento de Beatriz, a historiadora: “Há evidências arqueológicas ou históricas que confirmem os eventos narrados no Livro de Mórmon?”
- Reflexão de Miguel, o lógico: “Como é possível que Deus, sendo uno e infinito, seja descrito como um ser físico e limitado no espaço?”
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Incoerências do Mormonismo à Luz da Fé e da Razão
- Contradições bíblicas: a adição de escrituras e a ideia de um Jesus distinto.
- Problemas históricos: a ausência de evidências para as civilizações mencionadas no Livro de Mórmon.
- Falhas lógicas: a multiplicidade de deuses e a impossibilidade de um infinito regressivo.
- Falta de bom senso: revelações que contradizem a própria mensagem de Jesus.
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Conclusão: A Supremacia da Verdade Cristã
- O convite de Tomás para confiar na Tradição da Igreja e na Sagrada Escritura como fontes de verdade.
- Reflexão sobre a busca pela verdade com humildade e caridade.
- Encerramento com um toque de humor: “Se o Senhor precisasse de um livro enterrado no solo para revelar a verdade, por que escolheu a cruz para redimi-la?”
Capítulo 1: Abertura da Aula: “A Arte do Questionar”
A sala de aula está repleta de jovens curiosos, com pergaminhos, penas e cadernos prontos para tomar nota. Santo Tomás de Aquino, com sua figura imponente e sorriso acolhedor, posiciona-se diante dos alunos. Ele começa com uma frase que atrai atenção imediata:
“A verdade não teme o questionamento. Pelo contrário, ela o convida.”
Os alunos, intrigados, se inclinam para frente. Tomás, com sua voz serena e profunda, prossegue:
"Meus caros alunos, a busca pela verdade é o dever mais nobre da mente humana. Porém, para encontrá-la, é necessário primeiro compreender o que não é verdade. Afinal, como um médico precisa conhecer a doença para curar o corpo, assim também o teólogo precisa estudar os erros para defender a alma.”
Ele caminha pela sala enquanto continua:
“Hoje falaremos sobre uma vertente religiosa que surgiu há pouco tempo, chamada mormonismo. Alguns poderiam perguntar: ‘Por que perder tempo estudando algo que sabemos ser falso?’ A esta pergunta, respondo com outra: como saberemos refutar o erro se não entendemos o que ele ensina?”
Tomás para diante de Rafael, um dos alunos mais perspicazes, e pergunta:
“Rafael, o que dirias se alguém afirmasse que o cristianismo é falso porque existem outras religiões?”
Rafael reflete por um momento antes de responder:
“Eu diria que a existência de outras crenças não invalida a verdade de uma delas, mas apenas mostra a necessidade de investigá-las.”
Tomás sorri, satisfeito:
“Exatamente. A verdade não é diminuída pelo erro; pelo contrário, ela se fortalece quando é comparada. O erro é como uma sombra: só pode existir porque há luz.”
Ele continua, agora dirigindo-se a toda a turma:
“Ao investigarmos o mormonismo, devemos fazê-lo com honestidade, lógica e respeito. Não estamos aqui para zombar de quem pensa diferente, mas para discernir a verdade do erro. Pois lembrem-se: toda heresia tem uma pitada de verdade, o suficiente para enganar os despreparados.”
Os alunos murmuram em concordância, impressionados com a clareza do raciocínio de Tomás. Ele então conclui o capítulo com uma reflexão:
“Se a Igreja Católica é a coluna e sustentáculo da verdade, como diz São Paulo (1Tm 3,15), então devemos conhecê-la profundamente. E para conhecê-la, é essencial examinar aquilo que lhe faz oposição. É assim que a fé e a razão caminham juntas: investigando, questionando e, finalmente, discernindo. Preparem-se, pois nossa jornada de hoje não será apenas sobre os mórmons, mas sobre como a Verdade sempre triunfa.”
A sala fica em silêncio por um breve momento, até que Beatriz, a jovem historiadora, ergue a mão e diz:
“Mestre Tomás, estou ansiosa para saber como o senhor explicará as ideias deles sem perder o humor.”
Tomás ri gentilmente e responde:
“Ah, Beatriz, um pouco de humor é o tempero da razão. Mas prometo que, como bom cozinheiro, não deixarei que o prato fique insosso nem indigesto. Agora, avancemos!”
E assim, com sorrisos e mentes abertas, inicia-se a análise profunda do mormonismo.
Capítulo 2: Quem São os Mórmons? Origens Históricas
Santo Tomás inicia o capítulo com sua abordagem característica: lógica clara, um toque de ironia sutil e respeito. Ele pega um pedaço de pergaminho com anotações sobre o mormonismo e olha para os alunos.
“Meus amigos, viajemos ao século XIX, para um lugar chamado Palmyra, no estado de Nova York. Lá encontramos um jovem chamado Joseph Smith. Um rapaz com sonhos grandes, imaginação fértil e... bom, digamos, uma relação peculiar com a verdade.”
A classe ri suavemente, e Tomás prossegue:
1. O Surgimento do Mormonismo
“Joseph Smith, em 1820, alegou ter recebido uma visão divina onde Deus Pai e Jesus Cristo teriam aparecido a ele. Segundo ele, foi-lhe dito que todas as igrejas cristãs estavam erradas e que ele seria o escolhido para restaurar a verdadeira Igreja. Ora, vejam vocês: afirmar que toda a cristandade estava equivocada é uma acusação ousada, especialmente quando a promessa de Cristo de proteger Sua Igreja até o fim dos tempos está clara no Evangelho (Mt 16,18).”
Rafael ergue a mão:
“Mas, Mestre, como alguém tão jovem e sem formação teológica pode convencer tantas pessoas?”
Tomás responde com um leve sorriso:
“Ah, Rafael, há muitas formas de atrair seguidores. Uma delas é apresentar algo novo e exclusivo, que promete acesso especial à verdade. E foi exatamente isso que Smith fez. Ele afirmou ter recebido, em 1823, a visita de um anjo chamado Morôni, que lhe revelou a existência de placas de ouro enterradas próximas à sua casa. Essas placas, segundo ele, continham a história de civilizações antigas da América, escritas em algo que chamou de ‘egípcio reformado’.”
Os alunos franzem o cenho. Miguel, o lógico, comenta:
“Egípcio reformado? Mas essa língua nunca foi documentada em lugar algum.”
Tomás aponta para Miguel e diz:
“Exatamente, Miguel. A ausência de evidências é apenas o início das inconsistências.”
2. As Placas de Ouro e o Livro de Mórmon
“Smith afirmou ter traduzido essas placas para o inglês com a ajuda de instrumentos mágicos chamados Urim e Tumim. O resultado foi o Livro de Mórmon, publicado em 1830. Esta obra narra a história de povos antigos que supostamente migraram para as Américas após a dispersão da Torre de Babel. Segundo o livro, esses povos encontraram Jesus Cristo, que teria visitado o continente após Sua ressurreição.”
Beatriz levanta a mão:
“Mestre, mas há algum vestígio arqueológico dessas civilizações?”
Tomás sorri com aprovação:
“Excelente pergunta, Beatriz. Não, não há. Nenhuma evidência arqueológica ou histórica confirma a existência dessas civilizações descritas no Livro de Mórmon. Nem tampouco existem registros de que Jesus Cristo tenha aparecido na América. Tudo parece ter surgido da imaginação de Joseph Smith. Ainda mais curioso, quando as placas ‘traduzidas’ terminaram, elas foram, convenientemente, levadas de volta ao céu, segundo Smith. Assim, ninguém poderia verificá-las.”
3. O Contexto Histórico-Social
Tomás volta-se para a classe e diz:
“Agora, entendam algo importante. O ambiente do século XIX nos Estados Unidos era um terreno fértil para novas seitas e ideias religiosas. Era um período conhecido como o ‘Grande Despertar’, marcado por fervor religioso, busca por revelações pessoais e interpretações bíblicas individuais. Pessoas ansiavam por algo novo, algo que oferecesse respostas diferentes das igrejas tradicionais. Joseph Smith foi astuto ao aproveitar esse momento de efervescência espiritual para fundar sua religião.”
Ele pausa por um momento e conclui:
“Assim, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ou mormonismo, nasceu em meio a essa atmosfera de entusiasmo religioso e desconfiança nas instituições cristãs tradicionais. Contudo, como veremos, sua fundação e doutrinas estão repletas de incoerências históricas, lógicas e teológicas que precisam ser cuidadosamente analisadas.”
Rafael, ainda intrigado, pergunta:
“Mestre Tomás, como explicar que tantas pessoas acreditaram nele mesmo sem evidências concretas?”
Tomás responde:
“Meu caro Rafael, o ser humano é movido pelo desejo de pertencer, de possuir algo exclusivo. A promessa de Joseph Smith de que apenas ele tinha a verdade absoluta e de que seus seguidores seriam uma elite espiritual conquistou muitos. Mas lembrem-se: a verdade não precisa de exclusividades misteriosas; ela brilha por si mesma.”
Com isso, Tomás encerra o capítulo e se prepara para explorar as crenças fundamentais do mormonismo no próximo momento da aula.
Capítulo 3: Crenças Fundamentais dos Mórmons
Santo Tomás inicia o capítulo com sua lógica característica, caminhando lentamente pela sala e observando os alunos atentos. Ele ergue um livro imaginário e diz:
“Imaginem, meus caros, que eu lhes apresente um novo livro e diga: ‘Eis aqui a verdade, mais completa e superior à Bíblia.’ Como reagiriam?”
Beatriz, a historiadora, responde imediatamente:
“Eu perguntaria como um livro pode ser superior à Palavra de Deus que Ele mesmo revelou.”
Tomás sorri com aprovação e declara:
“Exatamente, Beatriz. Essa é a questão central do mormonismo. Vamos explorar juntos suas crenças fundamentais e verificar como elas se distanciam da Verdade revelada por Deus na Sagrada Escritura.”
1. Revelação Contínua e Novas Escrituras Além da Bíblia
“Os mórmons acreditam que a revelação divina não se encerrou com a Bíblia. Segundo eles, Deus continua a revelar Sua vontade por meio de novos profetas e escrituras. Joseph Smith, por exemplo, afirmou ser um profeta escolhido por Deus para restaurar a verdadeira Igreja. Foi assim que surgiram textos como o Livro de Mórmon, o Doutrina e Convênios e a Pérola de Grande Valor. Esses escritos, segundo eles, são tão importantes quanto a Bíblia.”
Miguel, o lógico, intervém:
“Mas, Mestre, se Deus é perfeito, como pode Sua revelação inicial ser incompleta? Isso não seria uma contradição?”
Tomás responde com um olhar satisfeito:
“Muito bem observado, Miguel. A revelação divina, como nos ensina a Igreja, é plena e perfeita em Cristo Jesus. Não há necessidade de um ‘complemento’, pois Deus já Se revelou totalmente em Seu Filho. Qualquer adição não é apenas desnecessária, mas um insulto à perfeição divina.”
2. O Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios, e a Pérola de Grande Valor
Tomás continua explicando:
“O Livro de Mórmon é apresentado como uma ‘segunda testemunha de Jesus Cristo’. Segundo Joseph Smith, ele relata a história de antigos povos americanos e inclui uma visita de Jesus ao continente após Sua ressurreição. Além disso, o Doutrina e Convênios traz supostas revelações modernas, enquanto a Pérola de Grande Valor contém textos adicionais, como o Livro de Abraão, que Smith afirmou ter traduzido de papiros egípcios.”
Beatriz levanta a mão:
“Mestre, mas esses textos têm algum fundamento histórico ou arqueológico?”
Tomás balança a cabeça lentamente e responde:
“Não, Beatriz. Nenhuma das civilizações descritas no Livro de Mórmon tem qualquer evidência histórica. O Livro de Abraão, por exemplo, foi analisado por egiptólogos e comprovado como uma tradução completamente falsa. Esses textos não se sustentam nem pela razão nem pela história.”
3. Teologia Mórmon: Pluralidade de Deuses e Progressão Eterna
Tomás ergue as mãos e diz:
“Agora, vamos à parte mais peculiar da teologia mórmon: sua visão sobre Deus. Os mórmons acreditam que Deus Pai foi, em tempos remotos, um homem mortal, assim como nós, e que evoluiu para a divindade. Eles ensinam que cada ser humano tem o potencial de se tornar um deus, governando seu próprio universo. Esse conceito é chamado de ‘progressão eterna’.”
Rafael, o teólogo perspicaz, questiona:
“Mas, Mestre, isso não contradiz a unicidade de Deus? Não é dito nas Escrituras que ‘Eu sou o Senhor, e não há outro’ (Is 45,5)?”
Tomás, com um leve sorriso, responde:
“Exato, Rafael. A ideia de múltiplos deuses vai contra a Revelação bíblica, que nos ensina que Deus é único, eterno e infinito. Além disso, a noção de que Deus foi um homem é um absurdo lógico, pois Deus, por definição, é imutável e sempre existiu como Deus. Essa crença mórmon é um grave erro teológico.”
4. A Visão Mórmon de Jesus Cristo
“Para os mórmons, Jesus Cristo é um ser distinto de Deus Pai, criado por Ele. Além disso, acreditam que Jesus é o irmão espiritual de todos os homens, incluindo Lúcifer.”
Miguel ergue a mão, perplexo:
“O que? Jesus e Lúcifer irmãos? Isso é uma distorção terrível da verdade cristã!”
Tomás concorda com firmeza:
“De fato, Miguel. Essa visão é incompatível com a doutrina cristã. Jesus não é uma criatura, mas o Verbo eterno de Deus, consubstancial ao Pai. Ele é o Salvador, enquanto Lúcifer escolheu livremente se rebelar contra Deus. A comparação entre os dois é uma heresia monstruosa.”
5. O Livro de Morôni e Suas Doutrinas
“Finalmente, falemos sobre o Livro de Morôni. Este é o último livro do Livro de Mórmon, e nele encontramos instruções sobre batismos pelos mortos, a autoridade sacerdotal dos mórmons e a promessa de que quem orar sobre o Livro de Mórmon receberá um testemunho divino de que ele é verdadeiro.”
Beatriz questiona:
“Mas, Mestre, isso não contradiz a doutrina de que a salvação vem pela graça de Deus?”
Tomás responde:
“Exatamente, Beatriz. O batismo pelos mortos e outras práticas mórmons implicam que ações humanas podem, de alguma forma, complementar a obra redentora de Cristo. Isso é contrário à fé cristã, que nos ensina que somente Cristo é suficiente para a salvação.”
Conclusão do Capítulo
Tomás conclui com um tom sério:
“Como vimos, as crenças mórmons são cheias de inconsistências teológicas, históricas e lógicas. Elas se afastam não apenas da Revelação divina, mas também do senso comum. Porém, não estamos aqui para zombar de seus adeptos, mas para discernir a verdade e convidar todos a conhecerem o Deus verdadeiro, que se revelou plenamente em Jesus Cristo.”
Os alunos, impactados, ficam em silêncio por um momento, prontos para mergulhar nos próximos capítulos sobre as incoerências do mormonismo.
Capítulo 4: Questionamentos Inteligentes: Debate com os Alunos
Santo Tomás posiciona-se ao centro da sala, convidando os alunos a trazerem suas dúvidas mais desafiadoras. Ele sorri, confiante, enquanto declara:
"Lembrem-se, meus amigos, que questionar não é o oposto de crer; é o caminho para uma fé mais sólida. A Verdade resplandece quando posta à prova. Então, vamos examinar as doutrinas mórmons por meio de suas perguntas inteligentes.”
1. A Pergunta de Rafael, o Teólogo Perspicaz
“Mestre Tomás,” começa Rafael, ajustando seus óculos imaginários, “os mórmons afirmam ser o ‘restabelecimento da Igreja verdadeira’, mas isso me parece entrar em conflito direto com a promessa de Cristo em Mateus 16,18: ‘Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.’ Como podem reconciliar essa ideia com as palavras do próprio Senhor?”
Tomás assente com aprovação e responde:
“Excelente questão, Rafael. A alegação dos mórmons implica que a Igreja fundada por Cristo teria desaparecido completamente após os tempos apostólicos, apenas para ser restaurada por Joseph Smith no século XIX. Contudo, essa ideia contradiz diretamente a promessa de Cristo. Quando o Senhor disse que as portas do inferno não prevaleceriam, Ele garantiu que Sua Igreja permaneceria até o fim dos tempos, sustentada pelo Espírito Santo. Se a Igreja tivesse caído em apostasia total, Cristo teria falhado em Sua promessa – o que é, claro, impossível, pois Deus não pode mentir nem se contradizer. Assim, o fundamento da alegação mórmon já se dissolve diante da promessa de Cristo.”
Rafael sorri, satisfeito, mas insiste:
“Então, Mestre, como eles justificam essa contradição?”
Tomás responde com humor:
“Eles dizem que a Igreja verdadeira foi corrompida e desapareceu. Contudo, se fosse esse o caso, teriam que provar que Cristo mentiu. E convenhamos, Rafael, esse é um argumento impossível de sustentar, exceto para aqueles que não entendem o peso das palavras do Senhor.”
2. O Questionamento de Beatriz, a Historiadora
Beatriz, com um caderno cheio de anotações, ergue a mão e pergunta:
“Mestre, minha dúvida é mais prática. Há alguma evidência arqueológica ou histórica que confirme os eventos narrados no Livro de Mórmon? Como historiadora, sei que a Bíblia tem apoio de documentos e achados arqueológicos. O mesmo pode ser dito do Livro de Mórmon?”
Tomás sorri com compreensão e responde:
“Ah, Beatriz, sua pergunta toca no coração de uma das maiores fraquezas do mormonismo. Apesar de suas alegações grandiosas, o Livro de Mórmon não possui absolutamente nenhuma evidência arqueológica que sustente suas narrativas. Nenhuma cidade, civilização ou artefato descrito no livro foi encontrado, seja nas Américas ou em qualquer outro lugar. Compare isso com a Bíblia, cujos relatos históricos são constantemente confirmados por descobertas arqueológicas.”
Ele continua:
“Além disso, Joseph Smith afirmou que as placas de ouro, base do Livro de Mórmon, foram levadas de volta ao céu. Assim, ninguém pode verificar sua existência. É curioso, não? Quando algo não pode ser examinado, torna-se impossível prová-lo. Essa é uma estratégia conveniente, mas não muito confiável.”
Beatriz reflete e comenta:
“Então, Mestre, podemos concluir que o Livro de Mórmon é mais uma narrativa literária do que um documento histórico?”
Tomás sorri:
“Certamente. É uma obra de ficção que se apresenta como verdade divina, mas carece de qualquer fundamento histórico, arqueológico ou teológico. Por isso, devemos questionar sua autenticidade com vigor.”
3. A Reflexão de Miguel, o Lógico
Miguel, com sua postura analítica, ergue a mão e pergunta:
“Mestre, algo que me intriga profundamente é a descrição de Deus no mormonismo. Eles afirmam que Deus Pai possui um corpo físico e limitado no espaço. Mas, logicamente falando, como um ser físico e limitado poderia ser o Criador infinito de todo o universo? Não seria isso uma contradição?”
Tomás suspira com uma mistura de compaixão e divertimento:
“Ah, Miguel, sua lógica é afiada como sempre. De fato, essa ideia de que Deus seja físico e limitado no espaço é completamente incompatível com a natureza divina. Deus, como nos ensina a razão e a Revelação, é infinito, imaterial e eterno. Um ser limitado não poderia criar o universo, pois precisaria depender de algo maior para existir. Assim, a concepção mórmon de Deus é logicamente impossível.”
Miguel acrescenta:
“Além disso, se Deus fosse físico, Ele estaria sujeito ao tempo e ao espaço, não?”
Tomás concorda enfaticamente:
“Exatamente, Miguel. Um Deus físico seria limitado pelo tempo, o que é contrário à Sua natureza eterna. Um Deus limitado jamais poderia ser o fundamento do ser, como dizemos na metafísica. Os mórmons, ao descreverem Deus dessa forma, reduzem a majestade divina a algo mais próximo de uma criatura.”
Conclusão do Debate
Tomás conclui o debate dirigindo-se à classe:
“Como vimos, o mormonismo não resiste a uma análise cuidadosa. Sua teologia contradiz as Escrituras, sua história carece de evidências, e sua lógica é defeituosa. Contudo, lembrem-se de que nosso objetivo aqui não é apenas criticar, mas entender e refutar com caridade. Ao apontar os erros do mormonismo, devemos também convidar seus adeptos a conhecer a verdadeira fé em Cristo, que é plena, lógica e consistente.”
Os alunos assentem, impressionados pela clareza e profundidade da aula. Beatriz, Rafael e Miguel trocam olhares, sentindo que suas dúvidas foram não apenas respondidas, mas também enriquecidas por uma visão mais profunda da verdade católica.
Capítulo 5: Incoerências do Mormonismo à Luz da Fé e da Razão
Santo Tomás se posiciona diante dos alunos, com uma expressão que mistura seriedade e paciência. Ele inicia o capítulo com uma declaração que resume seu método:
"A Verdade, quando examinada pela razão e pela fé, brilha mais forte. O erro, quando exposto, desfaz-se como névoa ao amanhecer. Hoje, analisaremos as incoerências do mormonismo para discernir entre o que é verdadeiro e o que não pode resistir ao peso da lógica e da Revelação divina.”
1. Contradições Bíblicas: Adição de Escrituras e um Jesus Distinto
Tomás ergue um exemplar imaginário da Bíblia e afirma:
“Os mórmons adicionaram ao cânone sagrado o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e a Pérola de Grande Valor. Contudo, o Apocalipse de São João termina com uma advertência clara: ‘Se alguém lhes acrescentar algo, Deus fará vir sobre ele as pragas descritas neste livro’ (Ap 22,18). Essa advertência não se limita ao Apocalipse, mas reflete a plenitude da Revelação em Cristo, conforme ensina a Igreja.”
Rafael, o teólogo perspicaz, interrompe:
“Mestre, e quanto à visão deles de Jesus? Não dizem que Ele é uma criatura e irmão espiritual de Lúcifer?”
Tomás responde com firmeza:
“Sim, Rafael. Essa visão é um desvio perigoso. As Escrituras nos ensinam claramente que Jesus é o Verbo eterno, consubstancial ao Pai (Jo 1,1-3). Negar Sua divindade plena é cair na antiga heresia do arianismo. E quanto a chamá-lo de irmão de Lúcifer, isso é um ultraje que não tem base na Revelação. Cristo é o Criador, enquanto Lúcifer é uma criatura caída. Colocá-los em igualdade é uma distorção monstruosa da fé cristã.”
2. Problemas Históricos: A Ausência de Evidências para as Civilizações do Livro de Mórmon
Tomás caminha pela sala, gesticulando para enfatizar seu ponto:
“O Livro de Mórmon narra a existência de grandes civilizações nas Américas, como os nefitas e lamanitas. Contudo, nenhuma evidência arqueológica ou histórica corrobora essas narrativas. Não há vestígios de cidades, moedas, línguas ou artefatos que confirmem os eventos descritos no livro.”
Beatriz, a historiadora, levanta a mão:
“Mestre, mas eles não dizem que os povos do Livro de Mórmon são os ancestrais dos nativos americanos?”
Tomás responde com um sorriso leve:
“Eles diziam, Beatriz. Contudo, estudos genéticos modernos mostram que os nativos americanos descendem de povos asiáticos, não do Oriente Médio, como afirma o Livro de Mórmon. Essa é mais uma evidência de que as alegações do mormonismo não se sustentam.”
3. Falhas Lógicas: A Multiplicidade de Deuses e o Infinito Regressivo
Tomás para no centro da sala e desenha uma linha imaginária no ar:
“Os mórmons acreditam na existência de múltiplos deuses, sendo Deus Pai apenas um deles, e que Ele mesmo foi um homem mortal antes de alcançar a divindade. Isso implica em um infinito regressivo de deuses que criaram outros deuses. Mas há um problema fundamental aqui: o infinito regressivo é logicamente impossível.”
Miguel, o lógico, aproveita a deixa:
“Mestre, poderia explicar por que o infinito regressivo é impossível?”
Tomás sorri e responde:
“Claro, Miguel. Se houvesse uma cadeia infinita de deuses criando outros deuses, nunca haveria um ponto de partida. Para que algo exista, é necessário um ser primeiro, um ato puro, que seja a causa de tudo sem ser causado. Esse ser é Deus, uno e eterno. A ideia de uma progressão infinita destrói a lógica da existência e contraria a própria definição de Deus como ato puro.”
4. Falta de Bom Senso: Revelações que Contradizem Jesus
Tomás ergue um dedo, como se estivesse prestes a revelar algo fundamental:
“O mormonismo também é marcado por revelações que, no mínimo, carecem de bom senso e contradizem a própria mensagem de Jesus. Por exemplo, eles ensinam o batismo pelos mortos, uma prática que não tem base no Evangelho e reduz o sacramento a um rito mecânico. Além disso, o próprio Joseph Smith afirmou que havia recebido permissão para poligamia, algo que vai contra a visão bíblica do matrimônio como união de um homem e uma mulher.”
Beatriz, curiosa, comenta:
“Mestre, isso parece um uso conveniente da ‘revelação’ para justificar práticas pessoais.”
Tomás concorda:
“Muito bem colocado, Beatriz. Quando a ‘revelação divina’ contradiz os ensinamentos de Cristo ou é usada para legitimar desejos humanos, sabemos que estamos diante de um falso profeta. Cristo nos advertiu sobre esses falsos mestres que viriam em Seu nome.”
Conclusão do Capítulo
Tomás encerra o capítulo com uma reflexão profunda:
“O mormonismo, ao se afastar da Verdade revelada, cai em contradições históricas, lógicas, bíblicas e teológicas. Contudo, devemos lembrar que os mórmons, assim como nós, são buscadores da Verdade. Nosso papel é apontar os erros com caridade e convidá-los a conhecer o Deus verdadeiro, que é uno, eterno e plenamente revelado em Jesus Cristo.”
Os alunos, impressionados, assentem em silêncio. A clareza das explicações de Tomás os inspira a buscar respostas não apenas para refutar erros, mas para fortalecer sua própria fé.
Conclusão: A Supremacia da Verdade Cristã
Santo Tomás se ergue diante da classe, com um olhar calmo e uma expressão de compaixão misturada com um toque de humor. Ele segura a Bíblia em uma mão e diz:
“Chegamos ao fim de nossa jornada de reflexão. Vimos as incoerências do mormonismo à luz da fé, da razão e da história. Contudo, esta aula não foi um exercício de vaidade intelectual ou de mera crítica. Foi uma oportunidade para reforçarmos nossa confiança na Verdade revelada por Deus, sustentada pela Tradição da Igreja e pela Sagrada Escritura.”
Ele faz uma pausa, olhando para os alunos com um sorriso acolhedor:
“Vejam, a Verdade não é um segredo enterrado em placas de ouro ou um privilégio reservado a uns poucos. Ela nos foi dada abertamente em Cristo, que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Essa Verdade é viva, transmitida fielmente pela Igreja através dos séculos, como uma chama que nunca se apaga.”
Um Convite à Confiança na Igreja
Tomás continua:
“A Tradição da Igreja não é um peso, mas um tesouro. Ela é como uma árvore cujas raízes profundas garantem a firmeza do tronco e a beleza de seus ramos. A Escritura, por sua vez, é o sopro do Espírito Santo, inspirando-nos a conhecer e amar a Deus. Qualquer doutrina que tente contradizer ou acrescentar algo a essa Revelação divina deve ser examinada com cuidado e rejeitada, se for falsa.”
Reflexão Sobre a Busca pela Verdade
Tomás olha para Miguel, Beatriz e Rafael, e comenta:
“Vocês, como buscadores da Verdade, têm o dever de investigar tudo com honestidade e humildade. Não temam fazer perguntas, pois Deus não se ofende com uma mente curiosa; Ele se alegra com aqueles que O buscam de coração sincero. Mas lembrem-se, a caridade é essencial. Aqueles que seguem o mormonismo ou qualquer outra doutrina errônea não são inimigos, mas irmãos que precisam ser conduzidos à plenitude da Verdade em Cristo.”
O Toque Final: Um Fechamento com Humor
Tomás termina sua aula com um sorriso no rosto e um tom brincalhão:
“E antes que me esqueça, lembrem-se disso: se o Senhor precisasse de um livro enterrado no solo para revelar a verdade, por que Ele teria escolhido uma cruz para redimi-la? Deus não nos deixou mapas para desenterrar ouro. Ele nos deu o exemplo do sacrifício, para que encontrássemos a verdadeira riqueza no céu.”
A classe ri, e a atmosfera é leve, mas cheia de reverência. Rafael comenta:
“Mestre, essa foi uma boa lição. A cruz é realmente o único ‘mapa’ que precisamos.”
Tomás assente, satisfeito:
“Muito bem dito, Rafael. Agora, levem esse mapa consigo e usem-no para guiar outros ao caminho da Verdade.”
Encerramento Inspirador
Tomás despede-se da classe com uma bênção e uma exortação final:
“Que a busca pela Verdade fortaleça sua fé, e que a caridade guie suas palavras e ações ao encontrar aqueles que ainda estão no caminho. Lembrem-se: Deus nos chama não apenas para conhecer a Verdade, mas para vivê-la. Ide em paz e perseverai no amor de Cristo.”
Os alunos aplaudem com entusiasmo, sentindo-se enriquecidos e inspirados a continuar sua caminhada de fé e razão.
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