Brincando com Fogo: O Pecado que Queima Antes Mesmo de Você Perceber
INTRODUÇÃO
Meus caros irmãos e irmãs, hoje venho falar-vos sobre uma verdade que, de tão certa, até parece piada: o mal que fazemos volta para nós. Sim, sim! Deus, em Sua infinita justiça, estabeleceu que o universo tem um "efeito bumerangue". Jogamos um pecado aqui, e ele nos acerta na testa mais à frente. Às vezes, no mesmo dia, como um tropeço providencial para que aprendamos logo a lição. Outras vezes, Ele nos dá um tempo, como um professor paciente esperando que estudemos a matéria… e quando chega a prova, oh, como choramos!
Mas não estou aqui para ameaçar-vos com raios e trovões! Não! Quero que riais e aprendais, pois o bom Deus é também um Pai que nos educa. E para isso, convoquei um concílio de doutores da Igreja! Hoje, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Santa Teresa d’Ávila e São João Crisóstomo nos ajudarão a entender como o universo devolve tudo o que jogamos nele.
Sim, preparem-se, pois a aula começa agora! E se alguém duvida que Deus tem um senso de humor, esperem até ver como Ele faz justiça!
SUMÁRIO
- O princípio do efeito bumerangue – O pecado é como cuspir para cima: cuidado com o que retorna! (Com Santo Agostinho)
- As reações imediatas da providência – Quando tropeçamos na pedra que nós mesmos jogamos. (Com São João Crisóstomo)
- Os castigos médios e a paciência de Deus – O meio ambiente responde à nossa ganância. (Com São Tomás de Aquino)
- Os castigos grandiosos e a justiça de Deus – Quando um império inteiro cai porque brincou demais com o pecado. (Com Santa Teresa d’Ávila)
- O humor divino e a misericórdia – Como Deus nos educa com amor, às vezes com um susto e outras com um abraço.
1. O PRINCÍPIO DO EFEITO BUMERANGUE
O pecado é como cuspir para cima: cuidado com o que retorna!
(Com Santo Agostinho)
Ah, meus caros ouvintes, se há algo que nunca falha, é o retorno do pecado a quem o pratica! Imaginem um homem que, para desafiar a lei da gravidade, decide cuspir para cima. O que acontece? O cuspe não sobe ao céu para desaparecer entre as nuvens como incenso agradável a Deus. Não! Ele volta certeiro, direto na testa do infeliz! Eis aí o resumo da mecânica divina: o mal que fazemos nunca se dissolve no ar. Ele volta, e geralmente em um momento muito inoportuno!
E quem nos ensina isso com grande sabedoria? O nosso querido Santo Agostinho, que bem sabia o que era lançar pecados para o alto e vê-los cair pesados sobre a própria cabeça! Antes de se tornar um dos maiores doutores da Igreja, este santo experimentou a vida dissoluta, enganando-se a si mesmo com prazeres passageiros e filosofias vazias. Mas, como ele mesmo disse em suas Confissões:
"Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova!"
Ah, meus amigos, Agostinho cuspiu para cima e sentiu o peso da sua rebeldia. Aquele que zombava dos ensinamentos da Igreja teve de engolir seu orgulho quando percebeu que tudo aquilo que havia feito de errado o tornava um homem miserável. Ele jogou ao vento seus pecados… e colheu tempestades na alma.
Mas não pensem que isso acontece apenas com os grandes santos! Olhem à vossa volta! Quem nunca viu o mentiroso ser pego na própria armadilha? Quem nunca viu um fofoqueiro ser a vítima da próxima fofoca? Quem nunca testemunhou o arrogante cair de seu pedestal de barro? Ora, meus irmãos, a vida nos ensina isso o tempo todo!
A JUSTIÇA IMPLACÁVEL DA PROVIDÊNCIA
Se ainda duvidais, observai como Deus escreveu esse princípio até na natureza. Uma criança que maltrata os animais um dia cresce e se vê cercada por ratos na dispensa. Um ganancioso que explora a terra sem piedade verá os frutos secarem. Uma cidade que ignora a justiça social verá seus muros desmoronarem. Como diria Santo Agostinho:
"A medida do amor é amar sem medida, e a medida do pecado é sofrer na medida exata."
Ou seja, o bem que fazemos volta multiplicado… mas o mal também! Quem planta generosidade, colhe bênçãos; quem semeia pecado, colhe tempestades. Não é magia, é justiça divina!
A ARTE DE NÃO JOGAR PEDRAS NO PRÓPRIO TELHADO
Afinal, meus amigos, se sabemos que tudo volta, por que insistimos em jogar pedras para cima, sabendo que temos telhado de vidro? Santo Agostinho nos ensina que a conversão é justamente aprender a jogar coisas boas para o alto: orações, boas obras, misericórdia. E o que desce? Graças, alegrias, paz de espírito!
Então, meus irmãos, da próxima vez que sentirdes a tentação de cuspir para cima—ou seja, de pecar, mentir, julgar, enganar—lembrai-vos: a gravidade espiritual não perdoa! Melhor é lançar ao céu ações de amor, pois essas, sim, voltam como chuva de bênçãos!
E como diria o próprio Santo Agostinho, que de bumerangue entendia bem:
"Cuida da tua vida e não da vida alheia, pois aquilo que fazes, um dia farão contigo."
2. AS REAÇÕES IMEDIATAS DA PROVIDÊNCIA
Quando tropeçamos na pedra que nós mesmos jogamos.
(Com São João Crisóstomo)
Ah, meus irmãos, hoje falaremos daquele momento glorioso em que a justiça divina não espera, não adia e não marca retorno em suaves prestações! Sim, há vezes em que Deus, como um mestre brincalhão e pedagógico, nos devolve a travessura no mesmo instante, para que aprendamos a lição de forma clara, rápida e (quase sempre) cômica.
E quem melhor para nos falar sobre isso do que São João Crisóstomo? O homem cujo nome significa "boca de ouro" não apenas tinha um talento divino para pregações afiadas, mas também um olhar perspicaz sobre a Providência divina. Ele via, com grande sabedoria, como Deus age no mundo com exata precisão, sem necessidade de adiar a conta.
"Nada há mais miserável do que a consciência culpada, que carrega já nesta vida o peso da sua condenação."
Ou seja, meus amigos, muitas vezes nem precisamos esperar o Juízo Final para que o erro nos bata à porta. Às vezes, ele nem sai da casa!
QUANDO A PEDRA VOLTA PARA O PÉ
Imaginem um homem que, tomado pela ira, atira uma pedra contra alguém na rua. Mas eis que ele escorrega no próprio ímpeto e cai desajeitadamente, batendo a cabeça justo naquela mesma pedra! Oh, maravilha da Providência! Em um instante, a lição está dada sem necessidade de grandes sermões!
Ou pensemos naquele fofoqueiro que, maliciosamente, espalha mentiras sobre um vizinho. No mesmo dia, ele confunde-se e revela seu próprio segredo a um grupo inteiro! E assim, meus caros, a Providência age, com um toque de humor que nem sempre sabemos apreciar na hora...
E não pensem que isso acontece apenas com os tolos! A Bíblia está cheia de exemplos desse "troco imediato" divino. Lembrem-se de Hamã, o inimigo do povo judeu no livro de Ester: preparou uma forca para Mardoqueu, mas foi ele mesmo quem acabou pendurado nela! Ah, que eficiência divina!
São João Crisóstomo nos alerta que a justiça de Deus pode ser demorada às vezes, mas há ocasiões em que Ele age sem demora para nos ensinar que "quem cava uma cova para os outros, nela cairá".
O CÓDIGO SECRETO DA PROVIDÊNCIA
Talvez alguém pergunte: "Mas então Deus não nos dá chance de mudar antes de nos corrigir?" Oh, claro que dá! Mas lembremos que a Providência age como um bom professor: se um aluno coloca o pé na própria mochila e cai antes mesmo de ir para o quadro-negro, o mestre não precisa dar uma longa explicação sobre os perigos do desleixo! O próprio tombo já educa!
A grande questão, meus amigos, não é se a Providência reage rápido ou devagar. O verdadeiro segredo está em nós percebermos os sinais. Porque muitas vezes Deus nos ensina no mesmo instante, mas nós, teimosos, culpamos o acaso, o clima, o sapato escorregadio, a má sorte... qualquer coisa, menos a lição óbvia que acabamos de receber!
São João Crisóstomo dizia:
"O primeiro castigo do pecador é ver seu pecado estampado em sua própria vida."
Eis aí a questão! Se jogamos pedras, devemos olhar bem para onde caem. Se espalhamos mentiras, devemos estar prontos para nos atrapalhar na própria trama. Se prejudicamos os outros, estejamos atentos para o momento em que seremos prejudicados do mesmo jeito.
Então, meus irmãos, que saibamos ver esses sinais com humildade, pois, como dizia o santo doutor, "Deus age sem precisar levantar a voz, pois o próprio pecado se encarrega de dar o troco".
3. OS CASTIGOS MÉDIOS E A PACIÊNCIA DE DEUS
O meio ambiente responde à nossa ganância.
(Com São Tomás de Aquino)
Meus irmãos e irmãs, já vimos que Deus, às vezes, é rápido no gatilho e nos devolve nossas travessuras com uma velocidade impressionante. Mas e quando Ele decide esperar? Quando Ele, com a paciência de um professor sereno, nos deixa brincar com o fogo por um tempo antes de nos permitir sentir o calor das consequências? Ah, aí entramos no território dos castigos médios, aqueles que chegam nem tão rápido como um tropeço imediato, nem tão devagar como um juízo que só se vê no além, mas no tempo certo para que possamos perceber o que fizemos de errado antes que seja tarde demais.
E quem melhor para nos ajudar a entender esse equilíbrio do que o grande São Tomás de Aquino? O homem cuja mente via a ordem divina como um relógio perfeito, onde cada peça tinha seu tempo e função!
"A justiça divina não falha, mas às vezes nos dá tempo para enxergarmos nosso erro antes de nos corrigir."
Isso significa que Deus não age por impulsividade, mas por sabedoria. E um dos meios mais claros pelos quais Ele nos ensina pacientemente é através do mundo criado: o meio ambiente, a natureza, a terra que pisamos e o ar que respiramos.
QUANDO A TERRA RECLAMA
Tomás de Aquino nos ensina que Deus estabeleceu uma ordem no universo, onde cada coisa tem seu propósito e harmonia. Mas o que acontece quando violamos essa ordem? O próprio mundo começa a nos ensinar, não com palavras, mas com respostas diretas aos nossos excessos.
Pensemos no agricultor ganancioso, que, em busca de lucro, desmata sem piedade e exaure o solo. No primeiro ano, a colheita é farta; no segundo, ainda vai bem; mas no terceiro, a terra já começa a responder. E quando ele percebe, a natureza já não lhe dá mais frutos. O castigo não foi imediato, mas veio no tempo certo para que ele enxergasse seu erro.
Ou vejamos aqueles que envenenam os rios com poluição. No início, ninguém percebe nada; depois, os peixes começam a morrer; e quando menos se espera, os próprios filhos desses homens estão bebendo a água contaminada e adoecendo. A paciência de Deus deu tempo suficiente para que eles percebessem o erro, mas como não quiseram enxergar, veio a lição.
"O mal que o homem faz contra a criação volta sobre ele mesmo, pois Deus ordenou que a natureza servisse ao homem, mas não fosse sua escrava." (São Tomás de Aquino)
A PERMISSÃO DE DEUS PARA QUE APRENDAMOS
Agora, alguém pode perguntar: "Mas por que Deus não nos impede de cometer esses erros antes que nos prejudiquemos?" Ah, meus irmãos, porque Deus, como bom professor, sabe que há lições que só aprendemos sentindo. Ele nos deu inteligência e consciência, mas se insistimos em ignorá-las, Ele permite que colhamos as consequências naturais do que semeamos.
Se Deus intervisse em tudo, impedindo qualquer castigo, seríamos como crianças mimadas que nunca aprendem nada. Mas como diz São Tomás:
"Deus governa todas as coisas com sabedoria, permitindo que até mesmo os erros sirvam para ensinar a verdade."
Ou seja, Deus não castiga simplesmente para punir, mas para corrigir. Ele espera, dá sinais, permite que a natureza fale. Mas se o homem continua surdo, vem o castigo médio: nem um raio fulminante do céu, nem um juízo eterno, mas algo suficiente para fazê-lo refletir.
O DESAFIO: OUVIR A NATUREZA ANTES QUE SEJA TARDE
O problema, meus irmãos, é que muitas vezes só enxergamos o castigo quando ele já nos sufoca. Tomás de Aquino nos ensina que a inteligência nos foi dada para prever as consequências antes que elas cheguem. Mas se não usamos esse dom… bem, o mundo nos ensina da maneira difícil.
Então, antes de poluirmos, explorarmos, esgotarmos a terra, perguntemos a nós mesmos: será que não estamos cuspindo para cima mais uma vez? Será que não estamos jogando pedras que, mesmo demorando um pouco, acabarão por cair sobre nós?
O meio ambiente não nos pune por capricho. Ele apenas devolve o que lhe damos. E Deus, que nos ama, permite que isso aconteça para que aprendamos a respeitar a ordem que Ele criou.
4. OS CASTIGOS GRANDIOSOS E A JUSTIÇA DE DEUS
Quando um império inteiro cai porque brincou demais com o pecado.
(Com Santa Teresa d’Ávila)
Ah, meus irmãos e irmãs, se até agora falamos de cuspes que caem na testa, tropeços em pedras próprias e colheitas arruinadas pela ganância, agora entraremos na aula final da Providência divina: os castigos grandiosos. Sim, porque quando um povo inteiro insiste em zombar das leis de Deus, quando uma civilização inteira brinca com fogo e recusa aprender com os pequenos avisos, Deus, em Sua infinita justiça, permite algo maior.
E para nos ensinar sobre isso, ninguém melhor do que Santa Teresa d’Ávila, a mulher que desafiou reis e cardeais, que conhecia tanto a misericórdia quanto a severidade de Deus. Se alguém sabia que Deus é paciente, mas não ingênuo, essa era Teresa!
"A verdade sofre, mas nunca perece." (Santa Teresa d’Ávila)
Ou seja, irmãos, a mentira pode durar um tempo, o pecado pode parecer triunfar por um momento, mas a verdade—e com ela, a justiça de Deus—sempre prevalece no final.
A QUEDA DOS ORGULHOSOS
Se quisermos exemplos de castigos grandiosos, basta abrir a História. Vejamos os impérios que se levantaram contra Deus, confiantes em sua força e riquezas, acreditando que poderiam ignorar a moral e a justiça: onde estão eles agora?
- O Egito de Faraó – Achou que poderia escravizar o povo de Deus para sempre… e viu seu exército afundar no Mar Vermelho.
- Babilônia de Nabucodonosor – Ergueu uma cidade de ouro, humilhou reis, e no final, seu líder acabou comendo grama como um animal.
- Roma Imperial – Perseguiu os cristãos, lançou-os aos leões, fez de si mesma uma “divindade”… e caiu nas mãos dos bárbaros.
E sabem por que esses impérios caíram? Porque ignoraram os sinais. Primeiro vieram os pequenos alertas. Depois, os castigos médios. E quando ainda assim não quiseram aprender, veio a ruína completa.
Santa Teresa d’Ávila nos ensina:
"Nada te perturbe, nada te espante; tudo passa, Deus não muda."
O que isso significa? Que o poder humano é frágil, passageiro, transitório. Pode durar séculos, mas se estiver fundado no pecado, um dia ruirá como um castelo de cartas.
O AVISO IGNORADO
Muitas vezes, antes da queda de um império, Deus manda avisos, como um bom pai que tenta alertar o filho antes de puni-lo severamente. Mas o que acontece? Os homens riem dos profetas, desprezam os sinais, dizem que "essas coisas sempre foram assim"… até que a realidade os alcance.
Pensemos no Titanic, aquele navio que simbolizava o orgulho da engenharia humana. Dizem que alguém ousou dizer que "nem Deus poderia afundá-lo"… e bem, todos sabemos o que aconteceu em sua primeira viagem. Um castigo grandioso? Talvez não no sentido de um império, mas certamente um aviso claro de que a soberba não fica impune.
O problema, meus amigos, é que muitos não acreditam na justiça divina porque ela não age na nossa pressa. Mas Teresa d’Ávila nos lembra:
"Deus tarda, mas não falha."
Ou seja, se uma nação se afasta de Deus, talvez sua queda não venha hoje, nem amanhã… mas virá.
O QUE APRENDEMOS COM ISSO?
Aqui chegamos à grande lição: não podemos brincar com Deus. Quando uma civilização zomba da moral, destrói a família, explora os pobres, e acha que pode seguir assim para sempre, ela assina sua própria sentença. Pode durar cem, duzentos anos, mas cedo ou tarde, sua ruína virá como um vendaval.
Santa Teresa dizia:
"A paciência tudo alcança."
Se o justo for paciente, verá a justiça se cumprir. E se o pecador insistir no erro, verá sua própria queda.
Agora, irmãos, antes que alguém diga “mas isso é muito duro!”, preparem-se, pois no próximo capítulo veremos o lado cômico da misericórdia divina. Sim, porque Deus não é apenas justo—Ele também tem um senso de humor divino!
5. O HUMOR DIVINO E A MISERICÓRDIA
Como Deus nos educa com amor, às vezes com um susto e outras com um abraço.
Meus irmãos e irmãs, depois de tanto falarmos sobre quedas de impérios, tropeços providenciais e castigos que voltam como bumerangues, alguém pode estar pensando: “Mas Deus só sabe corrigir?”
Ah, não, meus amigos! Deus não é um velho rabugento sentado no céu com um cinto na mão, esperando a primeira oportunidade para nos castigar. Ele é Pai! E, como todo bom pai, Ele sabe quando um filho precisa de um puxão de orelha… mas também sabe quando tudo o que precisamos é de um abraço.
E mais do que isso: Deus tem um senso de humor. Sim, sim! Acham que a ironia foi invenção dos homens? Não, meus irmãos! Quem lê a Bíblia com atenção percebe que Deus, além de ser justo, sabe rir das nossas teimosias. E o melhor: Ele nos educa não apenas com severidade, mas também com um humor amoroso que nos ensina sem nos esmagar.
O SUSTO EDUCATIVO
Já aconteceu com vocês de estarem prestes a fazer algo errado e, de repente, algo absurdo acontecer? Talvez um objeto caia bem na sua frente, alguém apareça do nada chamando seu nome, ou uma situação ridícula aconteça bem na hora certa?
Ora, meus irmãos, eis aí o susto pedagógico da Providência!
Vejamos alguns exemplos clássicos:
- Jonas, achando que poderia fugir de Deus, acaba engolido por um peixe gigante! (Digam-me se isso não tem um toque de humor divino!)
- São Pedro, no auge de sua coragem, promete que nunca negará Jesus… e logo depois um galo canta para lembrá-lo de sua fraqueza.
- Balaão, profeta teimoso, insiste em ir contra Deus… e sua própria mula começa a falar com ele!
Percebem? Deus não destrói essas pessoas, mas lhes dá um susto santo, uma lição inesquecível que, além de corrigir, ainda nos faz rir ao contar a história.
E não acontece só com os personagens bíblicos! Quem nunca, no exato momento de fazer algo errado, derrubou o copo na roupa, pisou no brinquedo do sobrinho ou levou um choque na maçaneta? Chamam de coincidência… mas nós sabemos que Deus tem métodos criativos para chamar nossa atenção!
O ABRAÇO INESPERADO
Mas Deus não age só com sustos. Muitas vezes, quando merecemos um castigo, Ele nos surpreende com misericórdia.
Quem já passou por isso sabe do que estou falando. Aquele momento em que você esperava uma grande consequência para um erro… mas em vez disso, recebe perdão.
Santa Teresinha do Menino Jesus dizia:
"A misericórdia de Deus é como um oceano infinito, e nós somos apenas pequenos grãos de areia na praia."
Vejamos o Filho Pródigo: depois de jogar sua vida fora, ele volta esperando no mínimo um sermão do pai. Mas o que recebe? Um banquete! Um anel no dedo! Um abraço apertado!
Ou pensemos em São Paulo: perseguiu os cristãos, causou o terror… e o que Jesus fez? Derrubou-o do cavalo (a parte cômica), mas depois o transformou em um dos maiores apóstolos da história!
Ah, irmãos, quem nunca experimentou isso? O dia em que achamos que seríamos punidos e, ao invés disso, fomos acolhidos? O momento em que estávamos caídos, mas Deus nos levantou com um carinho inesperado?
ENTÃO, COMO SABER O QUE VIRÁ: SUSTO OU ABRAÇO?
Ah, eis a grande pergunta! Deus nos dará um susto pedagógico ou um abraço inesperado? A resposta é simples: depende do nosso coração.
Se somos teimosos e insistimos no erro, muitas vezes Ele precisa nos dar um pequeno choque de realidade. Mas se estamos arrependidos, se buscamos melhorar, Ele corre ao nosso encontro antes mesmo de terminarmos a confissão.
Santa Teresa d’Ávila nos lembra:
"Deus escreve certo por linhas tortas."
E eu acrescentaria: às vezes Ele usa um susto, às vezes um abraço… mas sempre para nos levar ao céu.
CONCLUSÃO: O RISO DE DEUS
Meus irmãos, terminamos nossa jornada sobre o efeito bumerangue do pecado e a justiça divina. Mas saibam disto: Deus nunca castiga por prazer. Ele corrige para ensinar.
E o mais belo é que, enquanto nós, tolos, corremos para um lado e para o outro achando que podemos enganar a Providência, Deus, lá do alto, nos observa e, quem sabe, solta um pequeno riso celestial, como um pai que vê seu filho travesso tentando esconder-se atrás de uma cortina pequena demais.
Então, não tenhamos medo! Se vier um susto, ríamos e aprendamos. Se vier um abraço, aceitemos com gratidão. Pois, no final das contas, tudo o que Deus faz é para nos levar ao céu.
E lembrem-se: não cuspam para cima!
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